sábado, 12 de setembro de 2009

Atendimentos

Atendimentos de Pax

E linha, é pax
E o comeco do pedido
E um inicio de caso
E um cliente exigindo

E a viagem dos sonhos
E o presente perfeito,
E a locação do veiculo
E o courrier no extrangeiro

E a visa enviando, o Mastercard escrevendo
Carta de Shenguem, shenguem letter..meu
registro no email...

São os atendimentos de pax,começou o verão
A promessa de envio ta sempre na mao (2x)

Linha, pax,
Começo, pedido
Inicio, caso
Cliente exigindo

São os atendimentos de pax,começou o verão
A promessa de envio ta sempre na mao (2x)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

No meio da honestidade tinha uma carteira; Tinha uma carteira no meio da honestidade.


Caros leitores eu avistei uma carteira próxima à calçada; Dentro dela continha aproximadamente R$ 2.000.
Não encontrei nenhum documento que pudesse informar quem seria o dono. Nenhum. Nada. Ela continua lá, na mesma posição; imóvel, indefesa, provocante.
Nessas horas várias perguntas vêem à nossa cabeça, não é mesmo?
O que fazer com ela? Ninguém se deu conta dela? É leitores, não há como ficar indiferente à poderosa carteira.
Começamos de forma automática, com a menor das inocências, a buscar pela melhor das respostas; Não encontramos nada além daquele senso de esperteza seguido de um tiquinho de responsabilidade; Somente um rápido senso de honestidade.
E já que mencionei à estimada honestidade, sejamos redundantes: Vamos honestamente, confessar que pensamos “frases-resposta” como “ Achado não é roubado ou, quem sabe, “ Bom, se eu devolver essa carteira ao dono posso, de repente, até ser recompensado.”
Vamos aqui nos posicionar longe dos preconceitos. Não cabe aqui dizer se o ato de alguém pegar ou mesmo “apenas” pensar em pegar à carteira seja certo ou errado; Longe desta linha de raciocínio.
Mas paremos por alguns segundos. Paremos. Pare! Ela ainda está lá, não mais a carteira, mas a idéia dela. Parece loucura deste mero escritor reforçar este fato. Não falo mais, agora, no plural; Vou à partir de agora falar por mim mesmo com a propriedade de ter sido o único até aqui a ter visto a carteira.
Confesso: Eu vou pegar aquela carteira e usar todo o dinheiro contido nela.
Penso eu que, se porventura um guarda me multar, usaria o dinheiro e subornaria o guarda; Se meu amigo conseguisse um jeitinho no imposto de renda, usaria essa grana e afirmaria que não tenho, governo corrupto!!!, nada a declarar. Muitos futuros para um brasileiro como eu que se esquece rapidamente dos pretéritos!
A minha atitude reflete, se não a maioria da nossa sociedade, uma grande parcela dela. Ainda bem, ou melhor, infelizmente, não estou só. Estou ao lado de grandes políticos, importantes senadores, empresários, jornalistas, lixeiros, enfim, ao lado de muita gente, independente de raça, cor ou credo; Desonestidade parceiro tá em todo lugar.(parodiando o único cara honesto do pedaço, o saudoso Capitão Nascimento)
Todos nós, (agora inclusive você, que “apenas” pensou) queremos um Brasil melhor, porém devemos, antes de tudo, parar de pensar na maldita carteira.