quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nada me restou daquele mar

Uma noite de Julho; barulhos de ondas brincam por entre a imensidão daquele mar. Já são quase 20:00 horas.
Chego cansando de mais um dia. Desço do ônibus; Ouço o bater do vento em direção ao meu rosto como se nada mas ouvesse à escutar.
Caminho, protejo meu corpo com a minha blusa, chego em casa.
Nada vejo aqui. Um vazio percorre a grande sala; Ninguém, absolutamente ninguém aqui.
Ouço novamente o barulho do mar. Intrépido, quase como um grito em minha mente, convidando me mais uma vez à pensar na vida, a criar, a superar as divisas, a encontrar.
Pego meu gorro, casaco, um lápis e um caderno; caminho em direção ao mar.
Chego, olho para as pedras que ali estão, para o caderno, e com uma folha qualquer começo a desenhar um sol amarelo, um castelo.
Nada me restou daquele mar. Nada, absolutamente nada.